quinta-feira, 21 de junho de 2012

Como (e quando) tirar nossos filhos da redoma?

É tão fácil dar conselhos quando se trata de filhos de amigos ou conhecidos!!!!  
O calo aperta quando temos que soltar as amarras de nossos próprios rebentos...

Redoma... nada mais apropriado para definir o (excesso de) zelo que temos com nossas crianças.

Redoma
1- espécie de campânula de vidro usada para proteger
objetos delicados ou alimentos.
2- (Figurado) - diz-se de uma situação superprotetora.
       
fonte:   http://www.dicionarioinformal.com.br/redoma/

Sendo assim, são nossos filhos “objetos delicados” que necessitam da nossa “superproteção”?

Gosto de assistir aos filmes infantis, pois há neles muito mais do que entretenimento. As mensagens são sempre muito significativas e, por vezes, passam desapercebidas quando os assistimos pela primeira vez.



No afã de evitar todo e qualquer sofrimento para nossos filhos, quantas vezes não os sufocamos e os privamos de experienciar situações enriquecedoras.  Realmente, não estamos sendo bacanas com eles.

Na verdade, impingimos às crianças e jovens os nossos medos, as nossas inseguranças e a nossa descrença na arte de educar os filhos. Sim, estamos sempre nos questionando se devemos fazer assim ou assado, se estamos agindo de maneira certa, se somos muito severos ou muito condescendentes... É a falta de fé na semente que plantamos no coração de nossos filhos.  E essa descrença faz com que os coloquemos em redomas que, enganosamente, consideramos seguras.

Quantas crianças de 8 a 10 anos já sabem falar inglês fluentemente ou são experts em linguagem de programação, mas são incapazes de pegar um ônibus, não andam a pé,  não sabem fritar um ovo???? E assim eles crescem e se tornam adultos com as mesmas limitações.

A infância da classe mais pobre é com certeza muito sofrida e essas crianças e jovens não têm acesso à cultura que outros das classes média e alta possuem. Elas não terão tantos estímulos intelectuais, contudo são mais preparadas para a vida. Desde cedo aprendem a fazer por si, pois seus pais não têm como superprotegê-las. Lógico, estarão mais expostas aos perigos e podem cometer mais erros, mas guardadas as devidas proporções, em não havendo negligência por parte dos pais, não estarão estas crianças mais dentro do mundo real ?

Nessa linha de pensamento, para finalizar minha reflexão deste post, incluo um trecho da matéria de Norma Leite Brandão, pedagoga e educadora, intitulada “Soltando as amarras”.

"Direitos e deveres

É importante que, desde cedo, as crianças percebam que a cada direito corresponde um dever. E para que haja realmente entendimento dessa máxima, nada como delegar pequenas e simples tarefas, distribuídas em doses homeopáticas, mas que lhes mostrem que nada nos é dado fácil.

Há algumas, iniciadas aos 7, 8 anos, que podem parecer banais, mas seu alcance é poderoso: comprar pães na padaria, levar o cachorro para passear, buscar jornais ou mesmo providenciar algo que esteja faltando na mercearia ou supermercado mais próximo. Causa aflição? Preocupa os pais?

Sim, sem dúvida alguma. Precisarão dar conselhos sobre os cuidados a serem tomados: ser vigilantes em relação ao que acontece a seu redor, andar com pertences que não sejam de valor, cuidar do troco com atenção, enfim... uma série de atitudes que presumem cautela e responsabilidade. Mas representam os primeiros passos de uma independência que precisa ser desenvolvida ao longo dos anos. É o início para que, mais tarde, comecem a realizar percursos mais longos, aprendam a pegar um ônibus, a caminhar por ruas mais movimentadas do bairro, entre outras tantas iniciativas que denotam autonomia."
http://www.clicfilhos.com.br/ler/603-Soltando_as_amarras

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Grupo de estudos... preparação para prova presencial em 12 de junho

Reunião contou com a presença das colegas Adriana Gomes, Cristiane Bueno Garcia, Janete Bezerra Barbosa, Laura Helena Lourenço, Maria Tereza dos Santos Silva e Nilcelene Rocha.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reflexões sociológicas...

Esta semana, na aula de Sociologia da Educação, fui apresentada às teorias de
Pierre Bourdeaux (1930-2002).

É incrível como o estudo da sociologia nos leva a fazer reflexões sobre nosso cotidiano e sobre as situações mais banais da nossa rotina!!!

Então, o conceito de Habitus, definido por Bourdeau, está presente nos costumes que temos como tomar banho diariamente (nem todos os povos do mundo tem essa regularidade), na nossa preferência por determinados alimentos tais com o arroz com feijão, pão de queijo, o suco de caju etc. Nos países de língua latina, o feijão não é um prato comum; assim como na Europa, eles comem batata ao invés de arroz. E que eu saiba, só existe pão de queijo aqui no Brasil.

Portanto, segundo Bourdieu, o que chamamos de socialização é a ocorrência do Habitus.
E tem mais... existe o conceito de Campo, pois todos nós pertencemos a diversos grupos sociais e nos comportamos de maneira diferente com cada um deles, aprendendo a “jogar conforme as regras”. O Campo é o espaço social onde os indivíduos disputam uma forma de jogo inconsciente, onde uns são dominantes e outros dominados, dependendo da força de cada um. Isso quer dizer que, ao me arrumar para trabalhar, escolho a roupa que mais combina com o ambiente, pois aquele espaço social pede uma vestimenta específica e estarei observando e sendo observada por membros daquele grupo social.  Que coisa louca, não?

E aí entra ainda outro conceito muito interessante, o da Violência Simbólica. Então, se uma colega de trabalho me olha da cabeça aos pés, observando todos os detalhes da minha indumentária, pode estar me causando uma Violência Simbólica, fazendo com que eu me sinta inferiorizada perante ela.  Adulto também sofre bullying.

Imaginem quanta Violência Simbólica enfrentamos todos os dias nos Campos de nosso grupos sociais por causa do Habitus ?

Boas reflexões!!!                             

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ser Mulher=> a mãe, a professora, a esposa... multipapéis que se interpõem

Reproduzo alguns trechos da obra “Livrinho das Mães, de Maria Montessori. Psicografado por Dora Incontri, Editora Comenius, 2009


“Ser mulher é estar em busca ativa dessa transcendência, com os instrumentos do amor, do bom senso, da sensibilidade e da firme vontade de se fazer, fazendo um mundo melhor.” pg. 23


“Ser mulher é saber conciliar a bondade e a firmeza, o mundo e a família, o intelecto e o coração, para que as gerações que puder formar carreguem dentro de si uma semente materna!” pg. 24


“Durante toda a infância e adolescência e mesmo avançando na juventude, a mãe deve se sentir responsável, alerta, disponível para ser a grande educadora do filho.” pg. 58


Boas reflexões !!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

E por que "Pedagogia com ares da maturidade" ?


A vontade de cursar Pedagogia surgiu de uma necessidade pessoal de encontrar uma brecha para minha realização pessoal, meu prazer, dentro de uma rotina feliz, porém monótona, de cuidar de crianças, casa, marido, mãe, cachorros etc.  A faculdade veio como um sopro de ar fresco em minha vida. Somos compostos de vários prismas e nosso equilíbrio físico, mental e espiritual necessita que todos eles estejam estimulados.  Extraí do blog da minha terapeuta Môni Kimura a seguinte mensagem psicografada:

“Conheça-se!
Qual é a sua essência, a sua natureza íntima, o seu temperamento?
Quem é você em seu ser?
Só é possível conhecer-se inteiramente
quando atingir as camadas mais profundas do seu ser,
onde se encontra a sua essência pura,
sem sombras, sem ofuscações, sem máscaras.
É necessário ir eliminando as camadas que encobrem o verdadeiro Eu.
Esse é o trabalho de autoconhecimento.
É o caminho da liberdade do Eu,
do domínio de si,
quebrando, rompendo e desestruturando as camadas
que impedem a manifestação de sua essência verdadeira.
Nem sempre as resistências nesse processo são claras,
muitas foram fortemente inconscientizadas.
Mas com boa-vontade e aceitação, facilita-se o processo.
É o caminho da maturidade.”

Princípios da Vida no Caminho da Lucidez - Mensagens dos Seres de Luz
canalizada  por Môní Kímura em 13/05/2005) - http://monikimura.spaceblog.com.br/

E assim, encontro-me atualmente estudando Pedagogia através de um curso interativo da Uniseb. Foi a melhor alternativa que encontrei para conciliar todas as minhas obrigações. Tenho aulas presenciais somente uma vez por semana e nesse dia, contrato uma babá para cuidar dos meus filhos durante minha ausência, pois meu marido também estuda à noite.
Aos 52 anos (muita gente diz que não parece, mas é verdade rsrsrsrs) estou eu envolta com livros, apostilas, trabalhos, provas, colegas de classe. Minha mente fervilha entre as diversas teorias de disciplinas como Psicologia da Educação, Filosofia da Educação, Sociologia da Educação. Sócrates, Comenius, Rousseau, Pestalozzi, Montessori, Piaget, John Dewey entre tantos outros me ajudam a refletir sobre a educação que dou para meus filhos e sobre as práticas que quero adotar com meus futuros alunos. Minha criatividade está aguçadíssima... quantas madrugadas acordada estudando e pesquisando... cadê o cansaço ?  Deve ter saído pela janela lateral...

Obrigada por visitar meu blog e permitir que eu compartilhe minhas experiências com você

O início de mais uma aventura


Meu primeiro post  em 21/05/2012... nossa!!! Que aventura!!!

Entre tantas ideias que já me ocorreram, descobri que neste momento da minha vida, criar um blog seria mais do que uma experiência interessante, seria o melhor caminho para compartilhar minhas opiniões, pesquisas, descobertas.

Durante 30 anos trabalhei como secretária executiva em grandes empresas e obtive bastante sucesso em minha carreira. Tardiamente descobri minha vocação para a maternidade e, não sendo possível ter filhos biológicos, eu e meu marido optamos por ter filhos do coração. A chegada da primogênita, Vitória, em 2005, transformou toda a nossa vida. Ela veio para quebrar muitos paradigmas e por amor a ela, decidi “pendurar as chuteiras” e me aposentei por tempo de serviço aos 49 anos.  Em final de 2010, chegou o Gabriel e com ele novas transformações, assimilações e acomodações.

“Educação familiar faz parte de um mosaico de ações e de sentimentos que devem ser foco de análise e reflexão contínua. A relação entre pais e filhos, entre cônjuges e entre os irmãos deve ser alvo de preocupação constante. A estrutura familiar não deve ser vista como obra do acaso. Quando um casal recebe a responsabilidade de formar uma família assina um “contrato diante da eternidade”. O bem-estar financeiro, material, que os pais devem oferecer aos filhos, é apenas a ponta de um iceberg quando pensamos na educação de um espírito. O compromisso com os filhos, antes de qualquer coisa, deve fazer parte da proposta de melhoria individual.” Claudia Souza de Mantino Mota, pedagoga espírita e coordenadora do ABPE-Associação Brasileira de Pedagogia Espírita.